O Prix Versailles é um prêmio de alcance global, que, todo ano, desde 2015, escolhe os melhores projetos arquitetônicos comerciais do mundo, nas categorias hotéis, restaurantes, lojas e shopping centers.
O resultado de 2018 foi anunciado recentemente e, neste post, vou fazer um apanhado dos principais ganhadores.
Vale dizer que o presidente do juri é François de Mézières, prefeito da cidade de Versalhes, nos arredores de Paris. É lá que fica o famoso palácio de mesmo nome, que, por sua beleza, serve de inspiração na hora de selecionar os projetos arquitetônicos vencedores do Prix Versailles.
Completam o juri arquitetos da França, da China, do Japão e dos Estados Unidos. O Prix Versailles é promovido pela Unesco e pela International Union of Architects.
Cada categoria do prêmio tem três troféus: o Prix Versailles em si, e dois outros. Uma para design de interiores e outro para o design externo.
Fora o prêmio principal, há ainda os vencedores regionais para Europa; Sul da Ásia e Pacífico; América do Norte; África e Oriente Médio; América Central, América do Sul e Caribe, etc.
A seguir, destaco algumas categorias do Prix Versailles. A lista completa dos vencedores, em inglês, você encontra aqui.
HOTÉIS
O hotel vencedor do Prix Versailles 2018 foi o Amanyangyun, nos arredores de Xangai, na China, com projeto do Kerry Hill Architects, de Cingapura.
Entre lagos e bosques, 50 villas das dinastias Ming e Qing foram transformadas em acomodações para os hóspedes.
O curioso é que, originalmente, as construções ficavam a 700 km de distância, na cidade de Fuzhou. O local ia ser inundado por um novo reservatório de água e um empresário da região resolveu fazer a transposição, tijolo por tijolo, de cada imóvel histórico.
Após a restauração, a propriedade foi transformada em hotel em parceria com o grupo Aman.
O Prix Versailles 2018 especial de design de interiores em hotéis ficou com o Bisate Lodge, no Parque Nacional dos Vulcões, em Ruanda. O projeto é uma parceria do Nicholas Plewman Architects com o Artichoke Design Johannesburg, ambos da África do Sul.
O hotel está localizado no “anfiteatro” natural de um cone vulcânico erodido e tem vistas espetaculares para os picos dos vulcões Bisoke, Karisimbi e Mikeno.
São apenas seis espaçosas e confortáveis suítes. Tudo feito com materiais naturais, respeitando a herança cultural das áreas rurais de Ruanda.
O hotel Six Senses Zil Pasyon, em Félicité, nas Seychelles, levou o Prix Versailles 2018 especial de design externo. O projeto é do escritório britânico Studio RHE.
As fotos do lugar já dão uma idéia da razão do prêmio. Tudo parece perfeitamente integrado à natureza nesta ilha particular do Oceano Índico.
São 30 villas e residências com até quatro quartos, com destaque para aquelas que se localizam sobre os rochedos da ilha, junto ao mar.
NO BRASIL
No Prix Versailles regional para a América Central, América do Sul e Caribe, o Brasil teve vários estabelecimentos escolhidos.
Curiosamente, o espaço cultural Japan House, na Avenida Paulista, em São Paulo, foi escolhido como o melhor projeto de “loja” da região.
O design é assinado pelos escritórios Kengo Kuma & Associates, de Tóquio, e FGMF Arquitetos, de São Paulo.
A pop-up store da Louis Vuitton, que funcionou de agosto a dezembro de 2017, no shopping RioMar, em Recife, ganhou o prêmio especial de melhor design de interiores da região América Central, América do Sul e Caribe.
Na categoria shopping centers, o Jardim Pamplona São Paulo, o antigo Carrefour da Rua Pamplona, no bairro dos Jardins, em São Paulo saiu vencedor. O projeto é do L35 Arquitectos, de Barcelona.
Na categoria restaurantes, dois empreendimentos brasileiros se destacaram. O Ateliê Wäls, de Belo Horizonte, ganhou o prêmio principal para a região. O projeto é do escritório Gustavo Penna Arquiteto e Associados.
O prêmio especial de design externo coube ao Norton Grill, de Brasilia, do BLOCO Arquitetos.